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14 de nov. de 2017
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Alpargatas tem lucro de 71,3 milhões de reais no terceiro trimestre

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14 de nov. de 2017

A empresa brasileira Alpargatas encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de 71,3 milhões de reais, 15,6% a menos que no mesmo período do ano passado, segundo relatório divulgado na terça-feira (14). 


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A empresa brasileira Alpargatas publicou na terça-feira (14) os resultados obtidos pelo grupo no terceiro trimestre do seu ano fiscal, encerrado em setembro. O grupo, proprietário das marcas Havaianas, Osklen, Topper, Mizuno, Dupé e Meggashop outlet, fechou o período com lucro líquido de 71,3 milhões de reais, 15,6% a menos que no mesmo período do ano passado, com margem de 7,5%. 

O lucro por ação, acumulado no período de nove meses até 30 de setembro, foi de R$ 0,68, em comparação com R$ 0,56 no mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu 951,1 milhões de reais, 3,2% a menos que o período do ano anterior, e o EBITDA foi de 109,0 milhões de reais, 14,9% a menos que 2016, com margem de 11,5%, em parte devido ao impacto dos gastos com a troca do controlo acionário. 

O grupo, cujo controlo foi comprado à J&F pela Itaúsa (Investimentos Itaú S.A., Cambuhy I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e Cambuhy Alpa Holding S.A), e cuja transação foi finalizada em setembro, teve as suas ações preferenciais (ALPA4) cotadas a R$ 15,70 em 30 de setembro, e as ações ordinárias (ALPA3), a R$ 14,15, valores 60,0% e 62,4% maiores do que em 31/12/2016, respetivamente. No encerramento do trimestre, o valor da Alpargatas na B3 era de 7,01 mil milhões de reais, 59,1% superior ao valor no encerramento do exercício de 2016.

Segundo o relatório, no Brasil o plano de contenção de gastos gerou redução de 5,0% nas despesas comerciais, gerais e administrativas do trimestre, e beneficiaram o EBITDA. No entanto, despesas operacionais, como a provisão para gastos com a mudança de controlo acionário, tiveram impacto no EBITDA e reduziram a margem.

No mercado interno, a receita líquida foi pouco inferior ao mesmo período do ano passado, mesmo com evolução na faturação da Mizuno e da Osklen, devido à queda na receita de Sandálias, que teve aumento de 3,2% no preço médio e não compensou o volume mais baixo. A Osklen teve crescimentos de 50,0% nas vendas para o canal multimarca e de 25,5% no e-commerce, impulsionada pela antecipação do calendário de lançamento da coleção verão. 

Em Sandálias Internacional, o preço médio dos produtos aumentou nos Estados Unidos (17,0%) e na região EMEA (2,0%), mas não foi suficiente para compensar a diminuição dos volumes, resultando em redução das suas receitas em moedas locais.

Sobre o volume de vendas de produtos da Havaianas no terceiro trimestre, a empresa mencionou que nos Estados Unidos houve impacto negativo na Flórida devido ao furacão Irma, que provocou o encerramento das lojas Havaianas da região durante o período; e na região da EMEA houve impacto nas vendas de sandálias em alguns países, principalmente Inglaterra, França e Alemanha, devido a temperaturas mais baixas no período.

Quanto aos artigos desportivos e têxteis, houve aumento no volume de vendas de calçados da Mizuno, devido à maior oferta de produtos das linhas básica e intermediária, que estão a ser fabricadas localmente, e também houve aumento na quantidade vendida das linhas performance e infinity.  O vestuário teve queda no volume, devido à estratégia de compor o portfólio com artigos de maior valor agregado, reduzindo o número de produtos ofertados.

Na Argentina, as vendas de vestuário e calçados desportivos diminuíram devido ao aumento na concorrência dos produtos importados, em especial de concorrentes dos calçados Topper, que trazem preços mais competitivos ao país.
 

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