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16 de mar. de 2016
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Avon vai fechar 2.500 postos de trabalho e reestruturar negócio

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16 de mar. de 2016

Após anunciar um prejuízo de mais de 1.000 milhões de dólares (cerca de 899 milhões de euros) em 2015, a Avon anuncia a reestruturação do seu negócio. Plano é de três anos e prevê, entre outras ações, o fechamento de 2.500 postos de trabalho em todo o mundo.

Avon


"Hoje, nós estamos a dar mais um importante passo para execução do plano de transformação da Avon. Com a recente realização da venda do negócio na América do Norte, nossas operações comerciais encontram-se agora totalmente fora dos Estados Unidos, permitindo-nos pensar dramaticamente no nosso modelo de operação", disse em comunicado a CEO da companhia, Sheri McCoy.

"As ações que estamos a tomar hoje aproximarão a nossa empresa e o nosso negócio da atual realidade, o que aumentará a efetividade, eficiência e trará economia de custos", disse.

A Avon North America, operação da marca na América do Norte, apresentava dificuldades há muito tempo, exibindo tanto queda nas vendas como recuo no número de revendedoras.

No seu plano, a Avon reduzirá a infraestrutura e mudará a sede da empresa para o Reino Unido, onde conta com operações comerciais significativas. Com isso, a companhia cortará 2.500 posições de trabalho em todo o mundo, o que a ajudará a economizar quase 60 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano.

Neste plano, ainda, ela pretende cortar cerca de US$ 350 milhões, que serão revertidos em investimento em marca, em engajamento e ações no setor digital. Somente em custos, a empresa de cosmética quer cortar quase US$ 150 milhões. Já com a estrutura de 'supply chain', ela pretende reduzir cerca de US$ 200 milhões de custos. 

De olho nos 'millenials' e nas novas consumidoras de beleza, a companhia reforçará as estratégias de vendas com ferramentas digitais.

A gigante da beleza decidiu também redefinir o portefólio, focando em itens de beleza que tragam mais retorno. O foco será nas 40 marcas que representam 80% do negócio. Ela pretende também fomentar a fidelidade dos representantes, com programa de fidelidade e incentivo para aumentar a produtividade da marca.

Por outro lado, o Brasil é considerado um mercado-chave para a companhia no médio e longo prazo. A empresa não ignora o momento de instabilidade política e económica do País, mas constatou que as vendas diretas são um importante canal no mercado brasileiro, sem contar o tamanho do setor de beleza e cosmética. Em terras tupiniquins, 1,5 milhão de representantes da marca emitiram 28 milhões de encomendas.

Não à toa a companhia investirá pesado em marca e produtos de beleza, bem como quer aumentar o número de representantes e das vendas feitas por meios digitais.

Para aplicar o plano, a companhia contará com o apoio da Cerberus Capital Management, que investiu 435 milhões de dólares no negócio e detém 16,6% da participação, sendo que agora detém também 80% da Avon North America.

Fonte: Portal NoVarejo

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