Bread&Butter: um salão voltado ao grande público?

O Bread&Butter está a aprontar-se para, em julho de 2014, abrir um novo capítulo da sua história. Em uma carta de três páginas, das quais Karl-Heinz Müller, emblemático cofundador, possui o segredo, e nas quais está descrita a situação do mercado da moda, a guerra dos salões em Berlim e o peso do e-commerce.

O dirigente do salão, que recorda a história da mostra nascida em Colónia no ano de 2001, garante que o salão vai continuar em Berlim (seu contrato de locação do aeroporto Tempelhof tem uma duração inicial de dez anos), e que ele não se encontra em uma encruzilhada. Assim, falando da Igedo e de sua vinda a Berlim com o The Gallery, ele recorda também que agora é mais fácil alugar um espaço em qualquer lugar e montar um novo salão, desde que o prazo esteja destacado, é claro.

Quanto ao Panorama, ao qual não dá nome, ele fala de uma empresa organizadora mantida por subsídios públicos, que entrou no círculo dos salões. "Em Berlim, há uma concorrência terrível. Nós todos sabemos o que isso quer dizer, quando a oferta é mais importante que a demanda", comenta.

No tocante ao mercado da moda, ele ressalta também o peso das cadeias, que não podem ser comparadas com dez anos atrás e com o lançamento do Bread&Butter, e o peso do e-commerce que transforma a loja multimarcas em uma simples cabine de prova. "O fato é que apenas o retalhista tradicional é capaz de lançar uma grife ou uma marca no mercado", avalia, ele que administra as concept stores 14 OZ, bem avaliadas pela crítica.

Sim, mas então qual é o futuro para um salão de moda profissional? "Nós decidimos incluir o último participante da cadeia, por isso, o consumidor final", resume. "Sabemos com certeza que isso não será uma tarefa fácil. Estamos a esperar por uma forte rejeição, a mesma que vimos quando trocamos Colónia por Berlim", continua Karl-Heinz Müller que convidou vários jornalistas para Berlim em meados de dezembro.

A única certeza: a mudança não é para agora, mas para a edição de julho de 2014.

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