Reuters
Novello Dariella
11 de jan. de 2018
Donatella Versace não vai ver a série de TV sobre o assassinato do irmão
Reuters
Novello Dariella
11 de jan. de 2018
A esperada série norte-americana de TV sobre o assassinato de Gianni Versace vai estrear na próxima semana, mas uma personagem-chave não irá vê-la: a irmã do estilista, Donatella.
Donatella, que atualmente é diretora artística e vice-presidente do grupo de moda com sede em Milão, Versace, disse numa entrevista publicada pelo jornal italiano La Repubblica na quarta-feira (10) que a série e o livro no qual esta é baseada contêm coscuvilhices e contradições.
"Eu não vi (a série) e não irei ver, porque apesar deste tempo todo que passou ainda dói ver Gianni ser representado de forma distorcida", disse Donatella ao jornal.
A série de nove episódios "The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story" conta com o ator venezuelano Edgar Ramirez como Gianni, a atriz espanhola Penélope Cruz como sua irmã e o cantor porto-riquenho Ricky Martin como o namorado de Gianni.
A série foi produzida pela 21st Century Fox, é baseada no livro de 1999 de Maureen Orth, "Vulgar Favors", e estreia no dia 17 de janeiro.
Numa declaração emitida pela empresa, a família Versace disse que "na tentativa de criar uma história sensacional, (a série de TV) apresenta coscuvilhices cheias de contradições”.
“Entristece-nos ver que, entre todos os retratos possíveis da vida e história de Gianni, os produtores escolheram apresentar uma versão falsa e distorcida criada por Maureen Orth", acrescentou.
A declaração disse que o livro de Maureen Orth está repleto de especulações, acrescentando que a autora nunca procurou recolher informações diretamente com a família, bem como não teve as informações necessárias para contar a história, incluindo as condições médicas de Gianni.
Donatella também disse na entrevista que entre os erros que constam no livro está a afirmação de que Gianni teria estado fraco no momento do seu assassinato porque tinha SIDA.
A família distanciou-se da série, dizendo que não a autorizou e não teve envolvimento nela. Na terça-feira, a produtora da série defendeu-a, dizendo que a família foi tratada com respeito.
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