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Novello Dariella
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10 de dez. de 2020
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Época de festas: consumidores apostam em roupa e desejam voltar às lojas

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
10 de dez. de 2020

A pandemia está a afetar claramente as compras da época festiva de Natal e Ano novo. Segundo dados da Capgemini, até ao momento, os consumidores internacionais fizeram menos 76% de compras de Natal do que o habitual.


Os consumidores globaisanseiam poruma novaexperiência de compras física - Image: Public domain


Esta constatação talvez não seja uma surpresa, visto que as lojas em grande parte da Europa continental, Reino Unido e EUA foram fechadas devido a bloqueios ou semi-bloqueios num grande período da temporada.

Apesar disso o futuro parece mais promissor pois, de acordo com uma pesquisa da Capgemini, 62% dos consumidores gostariam de voltar aos hábitos de compra anteriores, assim que a pandemia passar, e 64% deles sentem falta de fazerem compras nas lojas.

No segundo relatório da pesquisa de tendências "holiday trends”, a empresa conversou com mais de 7.500 pessoas no Reino Unido, EUA, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca.

De acordo com o estudo, os consumidores “demonstram cautela nos seus gastos durante esta temporada”, com a percentagem de 76% citada anteriormente como sendo, provavelmente, uma grande decepção para os retalhistas, já que 45% esperavam um aumento nas vendas.

A diminuição nos gastos deve-se, principalmente, às atuais restrições derivadas da pandemia (em 31% dos casos) que estão a impedir os consumidores de comprarem em lojas físicas, mas também a reduzirem a renda disponível (21%), originando uma queda no número de presentes, pois as pessoas convivem com menos membros da família (20%).

Mas, num raro impulso para a indústria da moda, estes fatores também estão a impactar o que os consumidores compram. Enquanto 48% das compras do final do ano são itens essenciais, os consumidores ainda priorizam roupa (33%), além de produtos de beleza / cuidados pessoais (27%) e eletrónicos (17%). As roupas podem ser aconchegantes e confortáveis ​​com um toque de glamour, em vez dos habituais vestidos de festa com lantejoulas usados com sapatos de salto alto. Os retalhistas adaptam a sua oferta ao novo normal e qualquer venda é um bónus este ano.

Para 28% dos consumidores, os descontos são o fator mais influente na altura de fazerem uma compra; 31% deles focam-se em comprar apenas o que precisam; 28% indicam que um desconto os fez comprar algo que não tinham planeado; uma minoria considerável (15%) ainda não comprou nada na esperança do preço baixar em breve; enquanto 57% dos consumidores disseram ter aproveitado ao máximo as opções de entrega grátis este ano.

Não surpreende que 50% dos consumidores tenham feito mais compras online nesta temporada festiva e que 23% tenham comprado mais produtos produzidos localmente do que nos anos anteriores; 28% deles confessaram nunca feito compras online antes da pandemia; mas 50% estão agora mais confortáveis ​​com este canal e confirmaram que farão mais compras online no futuro.

Porém, conforme mencionado anteriormente, as perspectivas para as compras em lojas também são positivas. Enquanto a preferência por compras em lojas físicas na Black Friday caiu de 39% no ano passado para 28% este ano (de acordo com a primeira pesquisa da época de festas da Capgemini), o segundo estudo focado exclusivamente no comportamento do consumidor, sugere que os compradores estão a sentir falta da experiência de estarem dentro de uma loja. Os números citados mostram uma clara maioria a querer a visitar as lojas como anteriormente.

As idas às compras serão diferentes do que eram antes da pandemia, pois os consumidores querem que os retalhistas mantenham alguns dos hábitos desenvolvidos. Cerca de 42% disseram que os pagamentos sem contato e os quiosques de autoatendimento os incentivaram a voltar às lojas físicas após o fecho, e 59% deles desejam que esses recursos permaneçam.
 

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