Quando uma premiação influente para o mercado da moda opta por uma coleção, é sinal de uma constatação de que o design eleito carrega não apenas um novo e pertinente apelo comercial, mas também representa uma tendência confirmada.

Para o denim, tais competições são ainda mais direcionais, já que costumam reunir no júri especialistas tanto nas alquimias do segmento como na visão de negócios de moda, além de contemplar a etapa da matéria-prima.
 
É o caso da renomada premiação Global Denim Awards, que em sua mais recente edição contaram com nomes como Pierre Morriset (Designer chefe da G­-Star Raw) e Adriano Goldshmiedt (especialista internacional e fundador da Diesel, Replay, Gap 1969).

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O júri de profissionais aprovou com unanimidade a coleção com estilo baseado na alfaiataria clássica italiana, cuja inspiração girou em torno da lenda do 'Made in Italy' original.
 
A coleção vencedora, realizada em uma colaboração com a fabricante de tecidos Candiani Denim e o ateliê Sartoria Diletto, apresentou uma fusão entre a tradição herdada pela alfaiataria italiana e a inovação, com o diferencial do uso de materiais sustentáveis.

Sem comprometer todo o ritual artesanal relacionado ao denim 'selvedge', bem como o visual e caimento da alfaiataria, a coleção lançou mão de tratamentos a laser, acabamentos que não usam água e denim confecionado a partir de fibras recicladas: tanto no sentido da trama como do urdume.
 
O sortimento utilizado na produção artesanal foi todo fabricado manualmente em teares antigos, parte integrante da herança da tecelagem Candiani Denim, e contempla padrões e motivos originais do acervo. 

Desta influente premiação sintetizamos diversos apontamentos: pertinência do denim interpretado na alfaiataria, origem histórica e tradição apresentados como valor agregado no segmento e, acima de tudo, a busca de composições sustentáveis para o denim viradas às interpretações mais rebuscadas da mescla.