Paris, 3 de maio de 2018 (AFP) - A Hermès iniciou o ano com um sólido crescimento, apesar do impacto desfavorável do câmbio, com vendas de 1,39 mil milhões de euros no primeiro trimestre.

O crescimento trimestral do grupo, conforme relatado, foi de 3,1% ano a ano. O crescimento orgânico foi de 10,8%. "Todos os negócios estão a crescer fortemente, assim como todas as áreas geográficas", disse o presidente da empresa, Axel Dumas, na quinta-feira, ressaltando que o desempenho do trimestre ficou "acima dos objetivos anuais".

O volume de negócios da companhia francesa de luxo foi superior às expectativas estabelecidas pela Factset e pela Bloomberg, que esperavam, respeivamente, 1,36 e 1,37 mil milhões de euros.

A evolução das taxas de câmbio, em especial a alta do euro em relação ao dólar, representou "um impacto desfavorável de 104 milhões de euros no volume de negócios", especificou o comunicado.

A divisão de artigos de couro, a principal do grupo, registou um crescimento orgânico (a taxas constantes) de 7,5%, mas o crescimento publicado foi ligeiramente negativo (-0,7%).

“Isto deve-se às taxas de câmbio. Há um fortalecimento do euro, que também deve ceder ao longo deste ano, e que era totalmente previsto e que nós vimos ao longo do ano", disse Axel Dumas à AFP durante uma teleconferência.

A Hermès, famosa pelos seus lenços de seda e carteiras Birkin e Kelly, não divulga as suas perspetivas anuais, no entanto "confirmou um objetivo de crescimento do volume de negócios a taxas constantes ambiciosas".

Em 2017, o grupo bateu todos os recordes com uma rentabilidade alta e uma margem operacional de 34,6% das vendas. A empresa também anunciou, para o exercício de 2017, o pagamento de um dividendo excecional de 5 euros, além do dividendo ordinário de 4,10 euros.