Paris, 8 de novembro de 2017 (AFP) - O grupo de luxo Hermès continua a crescer no terceiro trimestre, com vendas superiores a 1,33 mil milhões de euros. Mas, se as vendas a taxas de câmbio constantes aumentaram 11,3%, após a aplicação das mesmas, o aumento foi limitado a 6,4%.

O desempenho da empresa francesa especializada em artigos de couro de luxo foi publicado quarta-feira (8) e continua a ser superior às expectativas da Bloomberg e Factset, que previam, respetivamente, um volume de negócios de 1.314 e 1.311 mil milhões de euros.

Se o crescimento trimestral publicado foi de + 6,4% num ano, a empresa alcançou 11,3% em dados orgânicos (taxas de câmbio constantes), em comparação com 11,2% no primeiro trimestre e 8,3% no segundo.

“Este foi um trimestre muito bom, todas as divisão estiveram em alta, e todas as áreas geográficas progrediram", saudou o presidente do grupo, Axel Dumas, durante uma teleconferência.

“Continuamos a oferecer um desempenho robusto e, em especial, um crescimento saudável, pois trata-se de um crescimento orgânico, ou seja, um crescimento de volume no perímetro existente das lojas", afirmou.

Nos primeiros nove meses do ano, as vendas superaram a marca dos 4 mil milhões de euros, com crescimento orgânico de 10,2%.

"No final de setembro, a evolução das taxas de câmbio foi ligeiramente desfavorável e representou um impacto negativo de 25 milhões de euros no volume de negócios", afirmou a Hermès, que é conhecida, entre outros, pelos seus famosos lenços de seda e as suas carteiras Birkin e Kelly.

Em relação às perspetivas de médio prazo, a Hermès "confirma uma meta de crescimento da receita a taxas constantes ambiciosa", "apesar das incertezas económicas, geopolíticas e monetárias no mundo todo".

Como já indicado em setembro, a marca francesa advertiu que o seu bom desempenho no primeiro semestre,  "que beneficiou do impacto não recorrente das coberturas cambiais resultantes de 2016, não pode ser extrapolado ao longo de 2017”.