Ispo: visitação em alta, mas estável

O Ispo não avançou em termos de visitas. E por boas razões, a edição incontornável dos desportos na Europa encheu com uma visitação mais uma vez em torno de 80.000 pessoas. E a última edição, que decorreu de 26 a 29 de janeiro, não fugiu à regra, com mais de 80.000 pessoas contabilizadas, ou seja, um pouco menos que as 81.000 do encontro de 2013.

Dois terços dos visitantes eram estrangeiros, com grandes contingentes vindos de Itália, Áustria, Suíça, França e de Grã-Bretanha. Quanto às altas registadas, foram os Americanos e os Russos que se destacaram. “Os conceitos dos pavilhões são claramente estruturados. Para nós, o desenrolar do salão foi muito mais que satisfatório. Observamos que ele está a tornar-se cada vez mais um salão multisegmento. Assim como nas lojas multimarcas, cada marca é representada”, comenta Stefan Wahlén, director Europa da Patagonia.

Mas, com 2.565 expositores, o salão, que ocupou a totalidade dos 16 pavilhões do parque de exposições de Munique, pode avançar pouco. “É uma edição muito positiva. Tenho a impressão de que há mais pessoas neste ano e, para dizer a verdade, desta vez decidimos não triar os visitantes na entrada do estande”, comenta Eric Pansier, encarregado de Marketing da The North Face.

“O Ispo decorreu muito bem. É o encontro das grandes contas e das principais marcas independentes”, comenta Pierre-Jean Touchard, director da filial francesa da Salewa (Salewa, Dynafit…). “Há mais retalhistas do que víamos nos últimos anos. Eles estão também em busca de marcas que exploram um sentido mais exótico. Há uma real vontade de se diferenciar, pois, na estação, o comércio é hiperconcentrado”, reiterou.

Uma necessidade é tão grande que, como realçava na conferência anterior ao salão, Werner Haizman, da Confederação Europeia dos Retalhistas de Desporto (Fedas), os independentes não quiseram jogar as cartas dos preços na mesa. Por outro lado, apesar do ano desportivo de 2014, com os Jogos Olímpicos de Sochi entre outros eventos, a meteorologia está a mostrar-se muito mais amigável e pode complicar a distribuição.

Em 2013, o objetivo de uma estabilidade das vendas não pôde ser alcançado. Os comércios de desporto na Europa viram, no ano passado, as suas atividades recuarem 4% para 36 mil milhões de euros. Uma vez que o principal mercado, a Alemanha, teve também uma queda de 2%, chegando aos 7,2 mil milhões de euros.

Ispo: visitação em alta, mas estável

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