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18 de nov. de 2013
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Kering apoia as mulheres em Itália

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18 de nov. de 2013

O lugar da mulher na empresa e na sociedade está mais do que nunca na atualidade e no cerne das preocupações das grandes companhias. Há pouco, a LVMH assinou o acordo internacional "Women Empowerment Principles". Sua concorrente Kering, que foi uma das primeiras signatárias desse acordo, vai mais longe, engajando-se concretamente em favor das mulheres também de um ponto de vista social.

O grupo de luxo, que detém várias grifes, dentre as quais Gucci, Bottega Veneta, Saint Laurent etc., criou em 2005 a Fundação Kering, dedicada especificamente à luta contra a violência doméstica.

Como última iniciativa, a Fundação assinou, na última quinta-feira 14 de novembro, em Milão, um Acordo com a associação italiana "Donne in Rete contro la violenza" (D.i.Re), com o objetivo de engajar todos os seus colaboradores em Itália na luta contra a violência doméstica.

François-Henri Pinault, director executivo da Kering, e Titti Carrano, presidente da D.i.Re


Este Acordo prevê a formação de colaboradores, identificados como pessoas que podem passar adiantes os ensinamentos dentro do grupo, para sensibilizá-los quanto ao dramático fenômeno que atinge 1 em cada 7 mulheres em Itália e 1 em cada 10 em França. O objetivo: que cada uma dessas pessoas, devidamente formadas, possa apoiar e orientar, quando o caso se apresentar, as mulheres que se deparam com uma situação de violência doméstica, em seu círculo pessoal e profissional.

Desde maio de 2013, a D.i.Re e a Fundação Kering desenvolvem uma experiência piloto dentro da Gucci, em Florença, Milão e Roma, envolvendo ao todo 85 colaboradores da empresa.

Com a assinatura do Acordo, agora essa iniciativa vai ser desenvolvida em Itália dentro de todas as marcas do grupo Kering, que conta com 6000 colaboradores na península. Uma parceria do mesmo tipo já havia sido firmada, em França no ano de 2010, com a Fédération Nationale Solidarité Femmes (FNSF), parceira estratégica da Fundação. Tal parceria levou à formação de 120 pessoas dentro da empresa.

"Para nós, este é um assunto sério. O grupo financia já há alguns anos iniciativas em todo o mundo que buscam lutar contra a violência doméstica. Com este acordo, estamos a reforçar ainda mais a pertinência da causa", explica François-Henri Pinault, director executivo da Kering e presidente da Fundação.

O quadro de pessoal do grupo Kering é, em sua maioria, feminino, com 58% de mulheres em França e quase 61% em Itália. Mas, assim como admite François-Henri Pinault: "Quanto mais se sobe na hierarquia, menos elas são numerosas. Dentre nós, as mulheres ocupam apenas um terço dos cargos de gerência. Começamos a ver mulheres nos cargos de direção, mas é complicado. Há três anos, por exemplo, pedimos aos caça-talentos para nos apresentar listas de candidatos, as quais trouxessem o mesmo número de candidatos homens e mulheres, pois acabamos por observar que eles só selecionavam homens".

Três mulheres num total de 10 membros figuram hoje no conselho executivo da Kering: Louise Beveridge, Directora de Comunicação, Marie-Claire Daveu, Directora de Desenvolvimento Sustentável, e Bélen Essioux Trujillo, Directora de Recursos Humanos.

A atenção dispensada à causa das mulheres agora está sendo ampliada, passando da organização interna do grupo para o lado externo, por meio das marcas. "O polo luxo toma conta do lugar das mulheres na arte. A Gucci, por exemplo, criou prêmios específicos apara as mulheres junto com o Instituto Tribeca Film e com o Festival de Veneza. O polo Sport e, especialmente, a Puma vão se debruçar sobre o lugar da mulher no esporte", aponta Céline Bonnaire, directora geral da Fundação Kering.

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