Lanvin apresenta a sua versão contemporânea da costura masculina
No domingo (21), a Lanvin Homme apresentou uma coleção inovadora para o outono - inverno 2018/19, renovando o clássico guarda-roupa masculino com peças que certamente irão seduzir a clientela globetrotting da atualidade. Para mostrar as suas roupas híbridas, o diretor criativo Lucas Ossendrijver escolheu um meio termo entre a natureza e a tecnologia, fazendo os seus modelos desfilarem numa passarela que atravessava uma floresta de holofotes e lâmpadas eriçadas em hastes de metal.

"É tudo muito fácil e usável", enfatizou o designer, cujo ponto de partida para esta coleção foi "a peça menos amada na moda masculina no momento, o fato". Assim, desconstruído, cortado e dissecado, o fato clássico foi reformulado em peças inspiradas em roupas desportivas ou redefinido por uma ampla gama de novos detalhes.
Os tecidos masculinos por excelência, como o tweed e a flanela em xadrez, foram vistos em toda parte, mas misturados com nylon e outros tecidos técnicos, ou em peças desportivas inesperadas, como uma capa com capuz aberta nas laterais, com tiras e rebites.
Um grande bolso na altura do peito foi inserido em um casaco clássico, enquanto os casacos e parkas foram praticamente todos equipados com bolsos de todas as formas e tamanhos: com patch, zíperes, com e sem abas. As calças também apresentaram um bolso lateral extra na perna direita, perfeito para guardar o smartphone.
Os casacos sem mangas, que muitas vezes lembravam coletes à prova de bala, foram destaque nesta coleção masculina ultra-confortável. Também foram recriados com um tecido de bancário inglês, ou oferecidos como um casaco de caçador com múltiplos bolsos, e em versões mais clássicas, como um colete incorporado num fato de três peças, mas redesenhado com um sistema de tiras nas costas.

Malhas assimétricas, mais esticadas de um lado, e os cardigans abotoados na diagonal deram um toque de imperfeição imperceptível à coleção.
"Assim como os fatos, que são uma espécie de camuflagem que permite que os homens se fundam na multidão e numa função, eu queria criar uma silhueta vaga, mas aberta", explicou Lucas Ossendrijver. O colarinho preto de uma parka bege foi aberto para encaixar a peça, e o estilista também brincou com a ideia de camuflagem com estampados de folhagem. Tudo foi pensado com precisão, com peças extremamente bem trabalhadas e até mesmo artesanais, como uma sweater shearling pintada à mão.
Quanto ao futuro da marca de luxo, que é propriedade do bilionário taiwanês Shaw-Lan Wang e tem vindo atualmente a enfrentar sérios problemas financeiros, esse não parece ser uma fonte de grande preocupação para Lucas Ossendrijver. "Sou muito positivo sobre o futuro da marca. Não tenho mais nada a dizer", afirmou.
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