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12 de out. de 2015
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ModaLisboa: 45.ª edição termina com Dino Alves no palco do teatro São Luiz

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Agência LUSA
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12 de out. de 2015

Lisboa (Lusa) – O designer de moda Dino Alves levou no passado domingo ao palco do Teatro São Luiz em Lisboa a sua coleção para a primavera do próximo ano, encerrando assim a 45.ª edição da ModaLisboa.

Para criar a coleção ‘O meu processo – diário de uma coleção’, Dino Alves inspirou-se, segundo o próprio, “no processo de criar uma coleção ou qualquer outro projeto criativo/artístico que implique rascunhar, anotar, rasurar, amarfanhar papéis onde se anotaram ideias primárias, ensaiar combinações de cores, formas, diálogos que muitas vezes se abandona, mas que ajudam a chegar àquilo que queremos mostrar”.

Desfile Dino Alves - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


Mais de uma hora depois do horário inicialmente previsto, os manequins tomaram conta do palco fazendo uma teatralização do processo criativo, com os convidados e jornalistas na plateia a assistir.

Quem também teatralizou a apresentação da sua coleção para a próxima estação foi Nuno Gama, a quem coube abrir o último dia desta edição.

O desfile de Nuno Gama deveria ter sido ao ar livre, no edifício da Marinha, mas a ameaça de chuva acabou por obrigar a que decorresse no Pátio da Galé.

Nuno Gama levou os presentes a uma viagem ao tempo dos Descobrimentos e pelos continentes africano e asiático, com passagens pela Índia, China e Japão.

Desfile Nuno Gama - primavera-verão 2016 - menswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


O desfile foi uma pequena peça de teatro que contou com a participação de mais de 90 manequins, dois dragões chineses, atores e praticantes de artes marciais e terminou com o hino de Portugal.

Nesta estação, o casaco “regressa em força”, e, com ele “o feito à mão, o personalizado e o único”.

As cores variaram entre o preto total, usado pelos portugueses, Luís de Camões incluído, tons vivos misturados com padrões de leopardo e de cobra, a representar África, rosa forte e estampado de mapas-mundo, ao passar pela Índia, azuis, vermelhos e padrões minuciosos à passagem pela China e o Japão.

Filipe Faísca contou, pela mão e voz da jornalista Sandra Nobre que é responsável pelo projeto ‘Short Stories’, histórias de mulheres de várias idades, que envolvem viagens, trabalho, doença, amor e sexo.

Estas histórias curtas estão num livro de edição limitada que foi distribuído aos convidados e jornalistas presentes no desfile.

Desfile Felipe Faísca - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


As transparências e plissados estiveram em destaque numa coleção em que os materiais escolhidos foram a seda, viscose, neopreno, cabedal e renda.

Na coleção de Kolovrat, segundo a própria, “as silhuetas resultam de um encontro do abstrato com a composição de formas circulares trabalhadas e linhas ‘clássicas’ refinadas, recorrendo a tons monocromáticos de preto e branco, com apontamentos de azuis, introduzidos por ‘artworks’ originais trabalhadas com os elementos do café”.

Já a coleção ‘Almas de África’, da criadora angolana Nadir Tati, ” é uma homenagem a todas as mulheres africanas”.

Nas palavras da criadora, trata-se de uma coleção “diferente, com linhas simples e fluidas, uma fusão de tecidos e texturas que acompanham deslumbrantes vestidos pretos, vermelhos e dourados com bordados e pedras adicionadas à mão”.

Para a próxima estação, Pedro Pedro apostou “numa divergência de formas e materiais próximos de uma solução brutalista” criando um visual “informal, mas nem por isso menos sofisticado”.

Desfile Nadir Tati - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


Nos materiais, este criador optou pelo cetim, jersey de seda e algodão, que se conjugam com redes e rendas abstratas. As cores vão do marinho ao ‘brique’, passando pelo preto e branco.

O polaco Piotr Drzal trouxe a Lisboa uma coleção que tem como palavras-chave “simplicidade, modéstia, acessibilidade, espaço urbano, pausa, silêncio, desporto, atividade e movimento”.

Para a próxima estação, Alesksandar Protic criou ‘Deusas’, uma coleção feita de algodões, seda, viscose e polyester. Nas cores este criador apostou no branco e no preto.

A ModaLisboa regressa em março de 2016.

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