Moschino agita a Semana da Moda de Milão com um desfile impressionante

Por

Dominique Muret

Traduzido por
Estela Ataíde

Publicado em
22 de set. de 2017

Sexy, original e enérgico, o desfile da Moschino deu um grande impulso à Semana da Moda de Milão nesta quinta-feira à noite. A coleção primavera-verão criada pelo diretor artístico Jeremy Scott é muito Moschino: por um lado com uma mistura de provocação e irreverência, e por outro com uma criatividade desenfreada e um toque de loucura.

Na primeira parte do desfile, o designer multifacetado abriu a passarela com bailarinas de estilo hard rock, com meias de rede pretas, tutus de plumas turquesa ou tule cor de rosa, bodies em latex e toda uma panóplia motard com botas acima do joelho, chapéus e casacos de couro, tudo decorado com tachas, correntes e outros detalhes metálicos.

Para reforçar o conjunto, Jeremy Scott introduziu aqui e ali algumas peças da sua nova coleção-cápsula, inspirada no desenho animado Meu Pequeno Pónei, com t-shirts, joggings e sweats em tons de roxo, em referência aos anos 80. Como em todas as coleções, o foco foram os acessórios, com colares e pulseiras em couro com tachas, óculos, carteiras e bonés, que com certeza vão ser um sucesso de vendas.

A segunda parte da coleção foi o momento belo, uma mistura de poesia com humor, que transforma a mulher numa flor. O primeiro look foi um vestido, cuja parte de baixo verde lembrava um caule, enquanto o corpete era composto de pétalas de tecido rosa, que a manequim ia desfolhando enquanto desfilava, atirando as pétalas para o público.  

Uma saia coberta de rosas vermelhas simulava um bouquet suspenso ao contrário, com os caules virados para cima, para um corpete branco. Um vestido em forma de bola, feito de plumas roxas e borboletas suspensas em finas tiras de metal, arrancou imensos aplausos.

Como se de um último bouquet se tratassem, algumas modelos desfilaram literalmente cobertas de flores da cabeça aos pés! E um vestido de corpete branco, amarrado na cintura com um grande laço vermelho, fazia a vez do papel que envolve os bouquets, com uma infinidade de flores a invadir o peito, os ombros e a cabeça.