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Novello Dariella
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28 de nov. de 2017
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Stella McCartney critica o desperdício gerado pela indústria da moda

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Novello Dariella
Publicado em
28 de nov. de 2017

A estilista Stella McCartney disse que a indústria da moda “gera um incrível desperdício, que é prejudicial para o meio ambiente", e revelou uma nova visão para o futuro da indústria juntamente com a ambientalista Ellen MacArthur.


Stella McCartney eEllen MacArthur - Ellen MacArthur Foundation


McCartney e MacArthur uniram forças para convocar a indústria da moda para resolver o seu problema de desperdício depois de um relatório da Fundação Ellen MacArthur revelar que o equivalente a um camião de lixo têxtil é aterrado ou queimado por segundo.

Lançado em maio deste ano, o relatório A new textiles economy: Redesigning fashion's future  (Uma nova economia têxtil: Redesenhar o futuro da moda) mostra uma imagem obscura do que pode acontecer se a indústria da moda continuar a produzir ao mesmo ritmo atual e com as mesmas práticas de hoje.

De acordo com o relatório, um valor estimado em 500 mil milhões de dólares é perdido a cada ano devido a roupas que mal são usadas, além de raramente serem recicladas e, se nada mudar, o setor vai usar até um quarto do carbono mundial até 2025. Além disso, meio milhão de toneladas de microfibras são deitadas no oceano todos os anos, o equivalente a mais de 50 mil milhões de garrafas plásticas.

MacArthur culpou o modelo atual  "take-make-dispose" (agarre-produza-descarte) da indústria pelo problema de desperdício. "A indústria têxtil de hoje é construída num modelo linear desatualizado, take-make-dispose, poluente e que gera enorme desperdício e poluição. O relatório da Fundação Ellen MacArthur intitulado A new textiles economy: Redesigning fashion's future apresenta uma visão ambiciosa de um novo sistema baseado em princípios de economia circular, que oferece benefícios à economia, à sociedade e ao meio ambiente. Precisamos que toda a indústria se baseie nisso", diz Ellen MacArthur.

MacArthur e McCartney acreditam que as roupas devem ser projetadas para durarem mais tempo, serem mais usadas e facilmente alugadas ou recicladas, e as marcas devem explorar novos materiais para garantir que a roupa se possa biodegradar sem libertar toxinas e poluição.

"O que realmente me empolga em A new textiles economy: Redesigning fashion's future é que oferece soluções para uma indústria que gera um incrível desperdício, que é prejudicial para o meio ambiente", comenta Stella McCartney.

"O relatório apresenta um roteiro para criar melhores negócios e um meio ambiente melhor. Abre a conversa que vai nos possibilitar encontrar uma maneira de trabalhar em conjunto para melhorar a nossa indústria, para o futuro da moda e do planeta".

Os ativistas de sustentabilidade disseram que encontrar novas maneiras de escalar melhores tecnologias e soluções, e explorar novos modelos de negócios é necessário para criar uma nova economia têxtil, bem como uma profundidade de colaboração sem precedentes em toda a indústria.

Os líderes da indústria, incluindo os parceiros centrais H&M, Lenzing e NIKE Inc., e a Fundação C&A como financiadora filantrópica, já aprovaram a nova visão.

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